JUSTIFICATIVA
O desenvolvimento de habilidades em crianças diagnosticadas com autismo pode se dar por meio de uma intervenção precoce. Para um tratamento efetivo é importante que haja identificação de quais pré-requisitos estão em falta para que as intervenções necessárias para o desenvolvimento da criança sejam realizadas. Em crianças com baixa atenção a faces humanas, o desenvolvimento do comportamento verbal pode ser prejudicado. Assim, entende-se que se a atenção a faces humanas for ampliada, pode-se esperar aumento na interação social e posteriormente na aprendizagem verbal. Estima-se ainda que essas habilidades podem ser adquiridas por meio de intervenções comportamentais e de procedimentos especiais (Greer, et al,. 2011; Keohane, Delgado, & Greer, 2008; Siller & Sigman, 2002).
A Análise do Comportamento Aplicada tem se mostrado uma eficiente ferramenta no tratamento ao autismo e o estudo de formação de Classes de Equivalência é um procedimento amplamente pesquisado em ABA. No entanto, poucos estudos sobre Classes de Equivalência voltada para o autismo têm sido publicados em periódicos científicos nacionais e internacionais (Gomes, Varella, & Souza, 2010). O procedimento indicado sugere correspondência de identidade com contingências de reforçamento específico para os resultados, supondo-se que as relações de estímulo-reforçador serão suficientes para a correspondência arbitrária Face-Itens Reforçadores (Personagens infantis preferidos). Assim, espera-se que possa ocorrer alteração de função de estímulos, como faces, e observação desse efeito na interação social estruturada e não estruturada. O presente estudo se justifica por explorar essa possibilidade.
OBJETIVOS
Avaliar se a inclusão de fotos de faces em classes de equivalência com imagens de itens reforçadores altera a preferência por faces e o desempenho de contato visual em testes sociais com crianças diagnosticadas com autismo.
Objetivos Específicos
Mensurar a duração e a frequência das respostas de observação da face do experimentador em situação de tentativas durante interação com estímulos não sociais e de média magnitude reforçadora;
Mensurar a duração e a frequência de observação e escolha por figuras de faces em teste de preferência por tentativas discretas;
Mensurar a observação de faces em testes sociais;
Promover a formação de classes de equivalência através do procedimento de emparelhamento ao modelo, classes essas que incluirão faces e itens reconhecidamente com função reforçadora (brinquedos, vídeos ou comestíveis), por meio de treino de discriminações condicionais por identidade;
Repetir os testes de observação, preferência por figuras de faces e testes sociais para avaliar o possível efeito da inclusão de faces nas classes de equivalência.
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