A PSICOLOGIA E A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA NO BRASIL
Dois marcos importantes da Psicologia da Educação Matemática no Brasil foram a 19ª reunião Anual do grupo PME, tendo participado o programa de pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco (Recife) e, em 1996, a fundação do grupo de trabalho Psicologia da Educação Matemática no âmbito da Associação de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPPEP).
Falcão (2003) cita alguns locais brasileiros onde se encontram psicólogos da Educação Matemática. Para tanto, no âmbito da educação, psicólogos da Educação Matemática mostram presença nas reuniões anuais da ANPED (Associação Nacional de Pesquisa em Educação) e psicólogos da Faculdade de Educação da UNICAMP vinculados ao PSIEM (Grupo de Pesquisa em Psicologia da Educação Matemática). Já no âmbito da Psicologia propriamente dita, um grupo de pesquisa em Psicologia Cognitiva da (UFPE) Universidade Federal de Pernambuco (Recife) contribui, no campo da Psicologia da Educação Matemática, com a conceptualização em Matemática, analisando as competências escolares e extra-escolares. Ainda neste âmbito, o Departamento de Psicologia da UFRJ (Rio de Janeiro) em parceria com o Departamento de Psicologia UFPE propõe discussões acerca da Psicologia do desenvolvimento e Psicologia da Educação Matemática, referindo-se às estruturas aditivas e multiplicativas, e finalmente, reuniões anuais do grupo ANPPEP (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia); da SBP (Sociedade Brasileira de Psicologia) e, recém criada, a Sociedade Brasileira de Psicologia do Desenvolvimento (SBPD).
Outra recente contribuição da Psicologia da Educação Matemática citada por Falcão (2003), é o grupo de pesquisa em neuropsicologia da Rede Sarah de Hospitais (Brasília), coordenado pela neuropsicóloga Lúcia Willadino Braga. Esta pesquisadora mapea caminhos neuronais relacionados a determinadas atividades matemáticas, como a atividade algébrica.
Para Falcão (2003), têm sido feitos esforços da Psicologia da Educação Matemática no sentido de inclusão da afetividade nas competências escolares, particularmente em Matemática. Segundo ele, vários trabalhos estão sendo feitos nesta tendência da Educação Matemática relacionando emoções à experiência matemática escolar. Alguns trabalhos são citados por Falcão (2003, p.43): afetividade e cognição (BREEN, 2000; WEYL-KAILEY,1985), transferência e contratransferência no âmbito da relação professor-aluno (CABRAL & BALDINO, 2002), auto-estima, auto-conceito, padrões de interação e desempenho (HAZIN & DA ROCHA FALCÃO, 2001; GINSBURG, 1989), atitudes e crenças em relação à Matemática (DE BRITO, 1996; PEHKONEN, 2001), a relação entre traços de personalidade, estilos cognitivos e atividades de resolução de problemas em Matemática (RÉGNIER, 1995; GINSBURG, 1989).
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