4.1.5 Atitudes que o educador deve desenvolver
para o trabalho com jogos
Como citado no início, é muito importante que o educador tenha claro que, enquanto educador, deve desenvolver jogos ou atividades lúdicas que realmente representem atividades de intervenção no processo de aprendizagem, e não atividades que simplesmente tomem espaço no planejamento pedagógico.
Seguem algumas sugestões de atitudes que, conforme Vânia Dohme10, devem ser desenvolvidas pelo educador:
Participe do jogo, caso seja requisitado.
Fique atento ao limite de cada um: a motivação deve prevalecer sempre.
A crítica deve ser usada para encorajar a continuidade, mostrando o quanto o sujeito é capaz.
Não se escore no jogo. Use-o como parte integrante dos procedimentos cotidianos, de forma a intervir no processo de aprendizagem.
Planeje e organize-se para usar os jogos. Equilibre o caráter lúdico e educativo inerentes ao jogo.
Olhe e escute. Desenvolva sua capacidade de observação de maneira objetiva, sem antecipações e pré-conceitos. Seja oportuno e flexível.
Proporcione prazer. Mostre que também sente prazer com o jogo. O educando deve perceber seu interesse.
Seja claro nas explicações sobre o jogo. Dê tempo para que as atividades sejam assimiladas.
Proporcione oportunidades diversas, trabalhe com o desenvolvimento de diferentes habilidades.
Oportunize a participação de todos os envolvidos no jogo.
Reduza ou aumente as dificuldades quando necessário.
Encoraje a espontaneidade, a iniciativa e o enfrentamento.
Aprenda ensinando. Não esqueça que a emoção é um elemento fundamental para a aprendizagem. Crie vínculos sadios. Não transgrida seus limites, esteja disponível.
Conheça e compreenda a forma de aprender e pensar do educando, para que o jogo escolhido tenha contextualização e significado.
As reflexões objetivam auxiliar o educador em ressignificar o uso do jogo no contexto educacional como instrumento de intervenção pedagógica. É importante que se compreendam os fatores que colaboram para uma aprendizagem ativa e seu lugar na sala de aula, para que os jogos sejam utilizados como uma estratégia diferenciada de outras já incorporadas, dominadas e transmitidas pelo saber pedagógico ao longo de gerações. Segundo Campos, citado por Amaral11, essas estratégias são diferenciadas, pois trazem em seu bojo o caráter dialético, instável, ambivalente, ativo e progressivo de uma relação com o conhecimento em uma perspectiva de construção.
Portanto, vamos jogar, brincar, propiciar espaços de autoria de aprendizagem tanto da parte do educador como do educando. Ensinar e aprender devem ser processos indissociáveis e complementares, em que o desejo e o prazer sejam molas mestras para a aquisição de conhecimento.
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