PRINCIPAIS TÉCNICAS
Sendo o objetivo da terapia cognitiva “identificar, examinar e modificar as cognições distorcidas ou disfuncionais em três níveis [...] os pensamentos automáticos (PA) [...] crenças intermediárias (pressupostos subjacentes e regras) [...] e [...] crenças nucleares (esquemas)” (KNAPP, 2004, p. 133) a mudança cognitiva produz modificação no comportamento e vice-versa. Segundo Knapp (2004) existe as técnicas cognitivas citadas acima e as técnicas comportamentais que tem o propósito em sua intervenção comportamental “[...] aumentar o comportamento positivo enquanto diminui o negativo” (LEAHY, 1996 apud KNAPP, 2004, p. 153).
Os pensamentos automáticos um dos níveis a serem identificados pela técnica cognitiva podem ser palavras, imagens ou memórias, podem ocorrer antes mesmo da situação em si, durante ou posteriormente à situação. É necessário segundo Knapp (2004) perguntar diretamente sobre os pensamentos que estão passando pelo pensamento do paciente, e assim identificar mudanças ou intensificações do humor durante a sessão, a descrição de uma situação ocorrida fora da sessão, o foco das emoções, foco nas situações, recriação de situação vivenciada pelo paciente, role-play do que foi vivenciado, a utilização de uma imagem que passou pela cabeça ou que melhor descreve o pensamento, o terapeuta sugere um pensamento plausível que o paciente pode ter tido, o terapeuta sugere um pensamento contrário ao que pode ser esperado na situação, sugestão de pensamentos derivados da prática clínica, a obtenção de pensamentos que uma pessoa próxima do paciente poderia ter, a conversão da incerteza em possibilidade, conversão de perguntas em afirmações.
Beck (1976 apud KNAPP, 2004, p. 133) destaca que “[...] a terapia cognitiva não é definida pelas técnicas que são empregadas, mas pela ênfase que o terapeuta dá ao papel dos pensamentos na causa e na manutenção dos transtornos”.
Neste sentido para que as técnicas utilizadas pela TCC sejam efetivamente desempenhadas é necessário que o profissional seja um bom estrategista, saber dirigir o processo terapêutico, “sempre com base no desenvolvimento de um bom relacionamento terapêutico e fundamentado no método de questionamento socrático e na colaboração empírica [...]” (KNAPP, 2004, p. 133) levando o paciente a descobertas e mudanças.
Segundo Rey e Pacini (2006) técnicas como a de relaxamento, de treinamento de habilidades sociais, reestruturação cognitiva e de exposição são utilizadas como ferramentas para o tratamento da TCC.
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