AUSÊNCIA DE LIMITES: COMO LIDAR?
Segundo (La Taille, 1999) limite está associado à retidão moral, obediência, respeito e cidadania. Deve-se considerar que a imposição de limites faz toda a diferença na vida de uma criança. É sinônimo de cuidado, de amor. É uma forma de os pais demonstrarem que se importam com seus filhos.
Até as décadas de 40 e 50, os pais exerciam sua autoridade sem maiores questionamentos. A geração seguinte, incomodada com o autoritarismo dos pais começou a agir de forma diferente, optando pela permissividade. A falta de limites tem consequências negativas para o desenvolvimento da criança. Ela cresce com dificuldades em aceitar regras e em manter bons relacionamentos (Siqueira Neto, 2004).
A falta de imposição de limites em crianças pode gerar desinteresse pelos estudos, descontrole emocional, mau comportamento em casa e na escola e agressividade.
A falta de limites também está associada à superproteção, supercontrole. A criança precisa de autonomia e independência. O subcontrole também é prejudicial, o equilíbrio garante a boa educação.
O supercontrole impede que as crianças encontrem padrões de comportamento próprios. Quando os pais controlam a vida das crianças, elas não conseguem tomar decisões sozinhas e o subcontrole prejudica por não ensinar-lhes os padrões de comportamento cultural. Os pais devem estabelecer aos filhos padrões de comportamento e estes padrões devem ser reforçados a todo instante (Kail, 2004).
Eles devem explicar aos filhos a importância de tal comportamento, seus benefícios e/ou malefícios, o diálogo faz toda a diferença.
Alguns pais impôem regras e desejam que seus filhos cumpram sem maiores questionamentos. A relação entre pais e filhos acaba cheia de frustrações, pois o autoritarismo impede que sejam consideradas as necessidades e os desejos da criança. Os pais corajosos explicam as regras e conversam com seus filhos (Kail, 2004).
A educação permissiva oferece afeto, mas baixo controle. Os pais aceitam o comportamento dos filhos e dificilmente os punem. Já a educação indiferente nem oferece afeto, nem pune. Nesse caso os pais procuram se envolver emocionalmente muito pouco com os filhos. Para as crianças o melhor seria a combinação de afeto e controle. As crianças que tem pais competentes nesse sentido tendem a ser mais responsáveis, independentes e amistosas (Kail,2004).
METODOLOGIA
Refere-se a um estudo de caso atendido no NPA (Núcleo de Psicologia Aplicada) da UNIME Itabuna, cidade localizada no interior da Bahia. Foram realizadas cinco sessões até o presente momento com duração de 50 minutos cada. Nos primeiros instantes dos atendimentos aconteciam conversas com a responsável (mãe), logo após a criança entrava sozinha e partcipava de diálogos intercalados com ludoterapia.
CASO CLÍNICO
L, sete anos compareceu à clínica acompanhado pela mãe R.C. A queixa principal trazida pela responsável era desobediência, ou seja, a criança não acatava suas ordens. Além disso, para ela o mau comportamento estava associado à morte do pai, que faleceu quando o garoto tinha apenas 2 anos de idade. A mãe também trouxe queixas como: dificuldades de relacionamento e apego emocional.
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