TEORIA “Y”: Baseia-se em um conjunto de suposições da teoria da motivação humana:
“A aplicação de esforço físico ou mental em um trabalho é tão natural quanto jogar ou descansar. O homem médio não tem desprazer inerente em trabalhar. Dependendo de condições controláveis, o trabalho pode ser uma fonte de satisfação (e deve ser voluntariamente desempenhado) ou uma fonte de punição (e deve ser evitado, se possível).”
“O controle externo e a ameaça de punição não são os únicos meios de obter o esforço de alcançar os objetivos organizacionais. O homem deve exercitar a auto-direção e o autocontrole a serviço dos objetivos que lhe são confiados.
“Confiar objetivos é uma função de premiar, associada com seu alcance efetivo. As mais significativas dessas recompensas, como a satisfação das necessidades do ego ou de auto-realização, são produtos diretos dos esforços dirigidos quanto aos objetivos organizacionais”.
“O homem médio aprende, sob certas condições, não só a aceitar, mas também a procurar responsabilidade. A fuga à responsabilidade, a falta de ambição e a ênfase sobre a segurança pessoal são geralmente conseqüências da experiência de cada um e não características humanas inerentes e universais”.
“A capacidade de aplicar um alto grau de imaginação, de engenhosidade, na solução de problemas organizacionais é amplamente, e não escassamente distribuída na população”.
“Sob as condições da moderna vida industrial, as potencialidades intelectuais do homem médio são apenas parcialmente utilizadas”.
Em outros termos:
“O homem não é passivo, nem contraria os objetivos da organização”.
“As pessoas têm motivação básica, potencial de desenvolvimento, padrões de comportamento adequados e capacitados para assumir plenas responsabilidades”.
Dentro dessa mais moderna concepção do homem, através da Teoria “Y”, a tarefa da administração torna-se muito mais ampla:
“A administração é responsável pela organização dos elementos produtivos da empresa: dinheiro, ..., para que esta atinja seus fins econômicos”.
“As pessoas não são, por natureza, passivas ou resistentes às necessidades da organização. Elas podem tornar-se assim como resultado de sua experiência em outras organizações”.
“A motivação, o potencial de desenvolvimento, a capacidade de assumir responsabilidade, de dirigir o comportamento para os objetivos da organização, todos estes fatores estão presentes nas pessoas. Esses fatores não são criados nas pessoas pela administração. É responsabilidade da administração proporcionar condições para que as pessoas reconheçam e desenvolvam, por si próprias, essas características”.
“A tarefa essencial da administração é criar condições organizacionais e métodos de operação por meio dos quais as pessoas possam atingir melhor os seus objetivos pessoais, dirigindo seus próprios esforços em direção os objetivos da organização”.
Para este autor a passagem para a terceira face, a Psicologia do Trabalho, (que gosto de chamar Psicologia Organizacional e do Trabalho), deu-se após a consolidação da escola contingencialista, na qual se procurou estudar os efeitos do ambiente e da tecnologia no contexto da organização do trabalho em que se gerou a pragmática escola de administração estratégica. A partir daí os estudos convergiram para a Sociologia do Trabalho, a Administração e a Psicologia do Trabalho. A definição de Psicologia do Trabalho (apud LIMA,1994), foi considerada como sendo uma Psicologia que tinha como ponto central o estudo e a compreensão do trabalho humano em todos os seus significados e manifestações. (p. 27)
Novamente apresentamos neste texto, finalmente outra Teoria de ARH que muito influenciou as atividades do profissional de Psicologia nas organizações:
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